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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Versões para a origem do Cordel.


Existem várias versões para a origem do cordel, a primeira é que na Espanha este mesmo tipo de literatura popular era chamado de pliegos suletos, denominação que também passou a América Latina. Na França, o mesmo fenômeno correspondia à littèratue de colportage- literatura volante, mais dirigida ao meio rural. Também há notícias sobre folhetos de cordel, no século XVII, na Holanda, como nos séculos XV e XVI, na Alemanha. Na Alemanha, os folhetos tinham formato tipográfico em quarto e oitavo de quatro e a dezesseis folhas. Editados em tipografias avulsas, destinavam-se ao grande público, sendo vendidos em mercados, feiras, tabernas, diante de igrejas e universidades. Suas capas (exatamente como ainda hoje, no Nordeste brasileiro), traziam xilogravuras, fixando aspectos do tema tratado. Embora a maioria dos folhetos germânicos fosse em prosa, outros apareciam em versos, inclusive indicação, no frontispício, para ser cantado com melodia conhecida na época. . Tudo isso mostra à evidência que, embora tenhamos recebido a nossa literatura de cordel via Portugal e Espanha, as fontes mais remotas dessa manifestação estão bem mais recuadas no tempo e no espaço. Elas estão na Alemanha, nos séculos XV e XVI, como estiveram na Holanda, Espanha, França e Inglaterra do século XVII. No Brasil - não mais se discute - a literatura de cordel nos chegou através dos colonizadores lusos, em "folhas soltas" ou mesmo em manuscritos. Só muito mais tarde, com o aparecimento das pequenas tipografias no fim do século passado, a literatura de cordel surgiu e se fixou no Nordeste como uma das peculiaridades da cultura regional.

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